terça-feira, 26 de julho de 2011

E foi assim...



Covarde, corri em direção oposta.
Fugia dos olhos que outrora amigos, agora já não mais me sorriam.
Ofereci minha derrota nua.
E chorei por minha culpa.

Sim, chorei por minha culpa.
No peito carregava as dores de um amor desejado e não vivido.
Amor alcançado e destruído.
Insensatez que a razão e a sanidade não podem descrever.

Deixei por um breve momento que a alegria tomasse conta de mim.
Pois sabia que os braços amados viriam em minha direção.
Mas não calculei com precisão os danos que trariam a multidão que me circundava.

Buscava um colo para descansar a cabeça tão sempre perturbada.
 Buscava fugir da realidade material do inferno.
Acabei enfrentando os olhos tristes de quem me censurava.
Com sua tristeza fatigada.

Dizer perdão seria pouco?
Mas o que dizer diante de quem magoei?
 Me deixei levar pelo encanto único, encanto que nunca antes conheci.

Acrescentaria alguma coisa dizer que meu perdão vem carregado de arrependimento?
Por todo sofrimento, todo mal que causei.
O que senti foi apenas um suave gesto de mãos que tocavam meus cabelos.
Alheio ao corpo físico, apenas sua alma toquei.

Acho que dormi sono breve.
De quem sonha com alguém a lhe proteger.
Hoje acordo com a alma dilacerada.
Que almeja o perdão não merecido, mas suplicado.

 Desse sonho só desencanto.
Minha entrega foi em vão.
E o que perdi hoje penso, não paga o preço dessa ilusão.

Queria libertar neste momento minha alma.
Desse tormento.
Dessa ilusão.
Mais sei que ainda insiste em passear em meus sonhos.
A me dizer que nada disso foi em vão.

domingo, 24 de julho de 2011

Vou-me embora...

Hoje acordei num daqueles dias em que se deseja arduamente ir-se embora pra Pasárgada. Aqui definitivamente não sou feliz!!!
Resolvi desertar do meu mundo, desse mundo tão pequeno que pertence à minha insignificante pessoa, afinal não quero chegar ao ano de 2031 e perceber que não sou livre e que estou morrendo de falta de ar e depressão.
Papo bravo! Meio tensa hein, tia! Diria Carolina, cheia das gírias da juventude!
Aliás esse “lance” de gíria deveria ficar somente entre a juventude, afinal não quero ser expulsa de nenhum outro recinto por “Insubordinação Mental”, deixa isso só pró Drummond...que foi um cara positivo prá caralho, com suas pedras no caminho. E ele tava careta, o lance das retinas fatigadas era só pra dar o tom de drama!
Hoje como diria Nathalia, resolvi ligar o botão do “foda-se”! Isso mesmo, afinal depois de estudar um gregozinho cujo nome é Epícuro, em ocasião de um seminário lá da Facul, descobri que nossa felicidade está diretamente ligada a quantidade de “foda-se” que somos capazes de emitir em alto e bom som, nos processos e ciclos da vida.
Aliás, o meu ciclo se fechou! Refletindo em minúcias e pormenores, cheguei a conclusão absoluta que eis o meu momento freudiano de dizer com a cabeça erguida:
_ Agora “foda-se”!
Não posso obrigar ninguém a entender Epícuro, tampouco o que se passa em minha cabecinha povoada de quimeras fabulosas, então o legal mesmo é mandar todos aqueles que insistem em julgar, diminuir e menosprezar os outros irem pra Pasárgada no meu lugar!!!
Da minha vida cuido eu, só eu sei os meus motivos e sabe o que também ando percebendo?! Quem insiste em julgar os outros sempre tem uma coisinha pra esconder. Falo com autonomia nietzcheana de quem “quase” chorou!
A final como diria o poetinha filho:
“Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.”
Ah! Só pra terminar esse lance de quem quase vive... Nem fudendo, afinal sou fruto de meus sonhos sem razão, dos amores inventados e mal resolvidos, dos impulsos de instantes, como diria Rodrigo, sou Inconstante.
Enfim ame-me ou deixe-me, só não se esqueça que ambos somos unidades de uma espécie rara quase em extinção o “demasiados homo sapiens”!

sábado, 23 de julho de 2011

Eu Ana Luiza II...

Deus continua sendo amor sem mistérios. Dando meus primeiros passos pela fé. Descobri recentemente o que é ser humana, é ser suscetível ao erro, porém, não desistir da busca. Sem pretensão de ser perfeita. Meu conhecimento é incompleto. Aprendiz em tempo integral. Capricórnio. Aprendendo com a fé de minha mãe. Nilza. Descontraindo com o bom humor de meu pai. Jorge. Descobri que meu lado infantil é muito charmoso. Herança. Flor-de-Lis. Família sempre acima de tudo. A minha além de mais bela, a mais forte. Meu filho é o grande, Alexandre. Parte de mim que me ama sempre. Solteira denovo. Apaixonada por mim. Ainda quero um cabelo vermelho. Agora só me visto de preto quando quero arrasar! Hoje a felicidade já demonstra cores em mim. O sol ainda machuca meus olhos. Mas resolvi sair do quarto escuro. As lentes transitions me ajudam a buscar a luz. Sempre há pedras no meio do caminho, mas sempre há possibilidades de removê-las. Ainda não durmo perfeitamente, mas já voltei a sonhar. Benzodiazepínicos (tarja pretas) nunca mais! Agora só os fitoterápicos. Ainda falo dormindo, mas acho muito engraçado. Aprendendo ver a leveza nas coisas. Concentro-me ouvindo música, isso relaxa meu pensamento. Escrevo por horas, leio dias e isso nunca me cansa! História é conseqüência do tempo. Descobri a menos de 22 horas atrás que sou mais socióloga que historiadora. E o que será que isso quer dizer?! Os caminhos sempre se bifurcam. Olhos castanhos ainda muitíssimo escuros, mas se olhar bem no fundo deles saberá que tenho sim, pupilas. Tenho óculos e já estou me acostumando com a idéia. Já tive calázio, hoje tenho uma pequena cicatriz no local, um charme! Preto e Branco. Botafogoooollll. MMA. Não basta ser jiu-jitsu tem que ser brasileiro, herança do velho Hélio Gracie. Perfume. Crazy Feelings. Essencial. Estive pensando recentemente que não quero mais ser eterna, isso é muito surreal. Poesia. Sonetos. Palavras ditas com o coração. Acreditar nas pessoas não costumava ser um defeito no século XVIII. Tenho poucos amigos, mas eles são os melhores! Hoje sou mais social que ontem, amanhã mais do que hoje e assim vamos levando. Tudo passa por um processo, até mesmo eu! E recentemente descobri que os palavrões, desestressam, centralizam e põem no eixo, po#@$! Agora eu danço em qualquer lugar que haja música. Ainda gosto de estudar. Descobri que tenho mais vocação intuitiva do que para nerd. Entendeu??? Espiritualista, mas acho que nunca vou saber lidar com a morte. Essa pó@#$ é muito estranha. Lápis-Lázuli. Ônix. Pedras expressivas. Queria poder voar, até agora só meus pensamentos conseguiram tal feito. Minha voz continua sendo de “taquara rachada”, mas há quem goste. Já briguei com quem devia e com quem não devia, mas tanta coisa a gente faz e depois quer voltar atrás. Não mexam com meu filho, ou minha família. Isso desperta meu lado sombrio. Já fiz minha lista do bota. Ainda me faltam muitas coisas. Hoje, sou mais feminina, mas ainda adoro futebol e vale-tudo. Adoro meu cabelão. Quando criança queria conhecer a Terra do Nunca. Agora quero conhecer a Terra do Sempre. Não me arrependo de muita coisa. Principalmente de meus erros, faria tudo denovo. Pois com ele evolui. Afinal quem não teto de vidro que atire a primeira pedra. Gosto das quatro estações, mas o inverno parece envolver as pessoas em uma espécie de surdina lilás. Cachorros, Zeus e Láis. Conheci o mar com 24 anos, antes disso não sabia o que Renato Russo queria dizer com: “A linha do horizonte me distraí”. Tempestades. Arco-íris. Minha temperatura é baixa, menor que 36. Mas, nem por isso sou fria. Violão. Raízes. Não bebo. Não fumo. Nunca usei drogas ilegais. Careta. “Parece cocaína, mas é só tristeza”. Rock não é só música. É estilo. Não gosto que me vejam, chorar. Fico parecendo um monstrinho dos olhos inchados. Cafuné. Abomino qualquer tipo de preconceito. Estou construindo minha própria biblioteca. Aceito doações. Acredito em destino. Reencarnação. Espíritos afins. Alma gêmea. Mas já não sei mais se creio na Dilma Roussef. Tenho medo de esperança (aquele bicho verde) e borboleta. Labirintite. Equilíbrio Distante. Continuo sendo contra aborto e achando um pecado cruel com quem não pode se defender. Ainda gostaria de ganhar um prêmio Nobel. Ou entrar no Guinness Book. Mas ainda não faço nada para isso. Quero e espero sempre mais de mim e dos outros, acabo sempre me fude@#$ por isso! Ainda tenho muitos sonhos, alguns deles já viraram lendas. Defeitos. Nunca peço desculpas. Ainda não aprendi a perdoar. Guardo mágoas. Super sincera (ao extremo). Descobri recentemente que sou facilmente influenciável. Criança, louca, menina. “Princesa da estranheza exata” é só um apelido. Ser mãe é ser a coisa mais importante na vida de alguém, mesmo sendo imperfeita! O papel, o lápis e o lenço são instrumentos que me livram da solidão interna. Realidade Alternativa. “Não quero a triste limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido, eu não quero é uma verdade inventada.” Gosto quando estou feliz, mas prefiro ver quem eu amo feliz. Fera. Bicho. Nunca anjo ou santa. Assumo meus erros.  Gosto de silêncio absoluto. Esse é o som da madrugada. Tremo muito, o tempo todo, algumas pessoas não acham isso muito normal. Mas é de minha natureza. Já fiz testes neurológicos e nunca deu em nada. Para os padrões científicos, ainda sou normal. Já vi gente morta. E já disse que sou careta, e que passei nos testes cinetíficos, rs. Hoje não vejo mais. Distanciei-me deste dom. Não me saio bem com as palavras ditas. Por isso escrevo. Não tenho filtro do que penso para a boca. Ainda tenho muito tesão por doces. Mas as circunstâncias da vida me levam a crer que mesmo o doce mais doce tem o seu lado amargo. Hoje sou menos Narcisa. Mais humilde. Descobri que não sou tão boa em tudo. Principalmente em mentir e contas matemáticas. Ou esconder um segredo que pode mudar vidas. História é meu forte. Foda mesmo!!! Ainda sou muito agressiva às vezes. Mecanismo de defesa. Herdei gosto musical de meu irmão mais velho. Juliano. O dom da persuasão de meu irmão mais novo. Jorge. E a inteligência concreta de minha irmã. Andréa. Somos parte de um todo. Unidos pelo mesmo sangue. Organizada dentro de minha bagunça, às vezes é necessário um escafandro. Adoro espelho, mas não apenas para olhar o externo, o espelho diz muitas coisas sobre quem se é. “Compro o que a infância sonhou.” Não me obrigue a fazer o que eu não quero. Até aqui minha saúde ainda é perfeita. Agradeço aos céus por isso. Mineira, literalmente filha dos Montes. Brasileira. “Um mix de tudo que se possa imaginar dentro de uma grande capacidade de não ser nada em definitivo”. Até aqui me trouxe o Senhor. Ainda vou longe... Ana e Luiza...Amém!