quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Palavras...


Não gosto de pessoas que suprimem sentimentos como em um texto onde se transcreve diretamente e palavras por conseqüência são suprimidas, eu não... Não gosto de quem sai por ai expondo suas reticências.
Gosto de gente como a gente, gente que se expressa entre sentenças e que usa vírgula na hora certa. Gosto de pontos finais, quando eles são necessários.
Ainda gosto de trovadorismo e sei que em algum lugar, lá no meio do não sei onde, alguém me espera para compor uma sonata!

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Inconstante...

Sempre usando a pessoa primeira, menino inconstante provido de palavras certeiras. Tão rápido e esperto, o tempo foi curto pra me arrepender. Olhares articulados, gestos simples e largos. Com ares de nômade, feições familiares, e o toque gélido, quase incomum. Menino tão claro, da boca ascendente, de observar tão puro, sem juízos de valor. Suas mãos tão pequenas e ágeis demonstram paredes intransponíveis em seu interior. Menino que salvando as horas, mudando parte da história, surgiu pra me reescrever. E assim queimando meus velhos planos, traçou qualquer coisa de incerto em mim. Um caminho secundário, quase estigmatizante. Hoje... decidi não sentir sua falta, porque além de teu corpo tão claro, seu sorriso ascendente e sua mãos ágeis, quero um pouco de seus devaneios e alma. Com sua presença desajeitada e seus verbos de loucura sã. 

domingo, 17 de junho de 2012

Agonia


Já nem mais sei se é dor, ou pretexto para poesia...
Sei que sua história, ontem, de tão bela me convencia.
Amanhã se já não te vejo,
Hoje, insisto, em me fazer chorar.
E assim entre o viver e o almejar,
Sigo exercendo o meu “não direito” a eutanásia;
Não a eutanásia da vida,
Mas aquela do cantarolar,
Do sentir na barriga o ensejo
De sonhar...
De estar tremula sem sentir frio.
Já nem sei se importa se haverá vida além do ponto final.
Mas pretendo escrever versos,
Que estejam para sempre na memória.
Mesmo que eu já tenha nascido póstuma,
Ainda tentarei num exercício contínuo a chance de recomeçar.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Pronomes Indefinidos que Definem...

“Pinto-me, pois estou a maior parte do tempo sozinha e porque sou o tema que melhor conheço.”
                                                                                                 Frida Kahlo

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Descobrir-se...

Ultimamente ando descobrindo na prática coisas que até já sabia em teoria, porém, o vivido é o vivido!
Por exemplo, descobri que aquela máxima, “amor com amor se cura” era verdade. E há sim, coisas que você faz em um segundo e se arrepende pela vida inteira, mas não ter feito traria um arrependimento ainda maior, vai por mim! E que algumas pessoas vão partir corações, mas isso não significa que elas são cruéis, foram apenas as circunstâncias.
Descobri recentemente que tenho o corpo fechado, mas meu coração está aberto 24 horas para saques inesperados e depósitos interessantes.
Descobri quase sem querer que tenho a mesma capacidade de superação que os seres “normais” possuem para lidar com as perdas, com os sentimentos ruins e com a saudade. Só ainda não me considero normal porque ainda não sei a definição de tal palavra.
Descobri que tenho uma inquietação crescente em melhorar internamente, mas ainda sou do tipo que se envaidece extremamente quando alcanço o sucesso. Mas não acredito que envaidecer-me seja um pecado nefando.
Descobri que posso melhorar minha imagem física quando gosto mais de mim. E que gostar de si mesmo é um exercício de autoconhecimento. Me conheço melhor a cada dia, e descubro a cada momento que tenho particularidades que nem mesmo eu sabia. Criança inconstante muito interessante!
Nesse processo de autoconhecimento me perdi sem querer. E devido a este feito, descobri que tenho muitos dons e potenciais ainda não explorados e desenvolvidos, fato que demonstra que ainda posso melhorar e evoluir nas veredas destes caminhos de minha vida que constantemente se bifurcam.
Descobri que minhas palavras têm uma repercussão diferente em cada ouvido que tocam, algumas pessoas vão amá-las, outras ignorá-las, outras serão por elas influenciadas e ainda terão aquelas que farão de minhas palavras, as suas.
Descobri que sou meia “protegida” do acaso ou por essa coisinha que chamam de destino que nem eu mesmo sei se acredito. Descobri que mesmo sendo demasiado humana tenho algo de sagrado e trago um pouco de Deus em mim. O que me torna parte deusa e parte heroína invencível!
E uma coisa que descobri bem agorinha enquanto escrevia, é que não importa o tempo que dura um amor, (ou alguns amores), mas sim, o amor investido durante aquele tempo. Por isso, acabei descobrindo que não há fórmulas certas e nem pecados tão cruéis que não mereçam perdão. Principalmente os pecados cometidos com o coração em festa!!!