quinta-feira, 19 de julho de 2012

Inconstante...

Sempre usando a pessoa primeira, menino inconstante provido de palavras certeiras. Tão rápido e esperto, o tempo foi curto pra me arrepender. Olhares articulados, gestos simples e largos. Com ares de nômade, feições familiares, e o toque gélido, quase incomum. Menino tão claro, da boca ascendente, de observar tão puro, sem juízos de valor. Suas mãos tão pequenas e ágeis demonstram paredes intransponíveis em seu interior. Menino que salvando as horas, mudando parte da história, surgiu pra me reescrever. E assim queimando meus velhos planos, traçou qualquer coisa de incerto em mim. Um caminho secundário, quase estigmatizante. Hoje... decidi não sentir sua falta, porque além de teu corpo tão claro, seu sorriso ascendente e sua mãos ágeis, quero um pouco de seus devaneios e alma. Com sua presença desajeitada e seus verbos de loucura sã. 

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