quarta-feira, 3 de agosto de 2011

“NEM FREUD, NEM BREUER, ÉRICO VERÍSSIMO ME ENTENDERIA!”


“Será então preciso que busque em mim mesmo o necessário ponto de apoio, porque fora de mim não encontro em quem me amparar. (...). Pois que assim seja, então! Para ti, pobre (...) não há felicidade no exterior; tudo terás que buscar dentro de ti mesmo. Tão-somente no mundo ideal é que poderás achar a alegria.”
Confesso desavergonhadamente que puxei o aspeado aí de cima do conto de Érico Veríssimo “As mãos de meu filho”, e sabe neste singular momento de minha vida ele me parece cair como luvas. Vou usá-lo como introdução pra contar uma historinha triste, ou alegre, depende do ponto de vista.
Hoje é dia daqueles de reflexão de analisar o que poderia ter sido e não foi, e de analisar o que foi e não deveria ter sido. E acredite, eu recomendo a qualquer um ter o seu coração pisoteado, pelo menos uma vez na vida. Eu recomendo não viver no quase, não permitir que o “se...” aloje-se em seus pensamentos.
E se eu tivesse pensado melhor?
Provavelmente não teria feito. E eu me arrependeria de qualquer forma.
E se eu não tivesse traído?
Provavelmente ninguém teria se machucado. E eu me arrependeria de qualquer forma.
E se eu tivesse feito a escolha certa?
Não perderia grandes amigos. E ainda me arrependeria de qualquer forma.
Mas como diria Sarah, “A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai”, e é neste momento que devemos entender “que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai nos ferir de vez em quando”, entendendo isto daremos uma chance a nós mesmos.
E somente depois de algum tempo você poderá perceber se enlouquecer realmente valeu a pena.
No meu caso perdi a chance de “chegar lá”, perdi grandes amigos, perdi um tanto da dignidade que ainda me restava e o respeito de pessoas realmente respeitáveis. E aí neste momento chega a pergunta que não quer calar...Valeu a pena?
E o que tenho pra dizer é o seguinte:
Você erra, você aprende;
Você arrisca, você aprende;
Você perde, você aprende;
Você omite, você aprende;
Você escolhe, você aprende.
E quando você aprende a resposta parece ser óbvia, no meu caso não é diferente. E mais uma vez me apoderando das palavras de Sarah, “pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto.”
E só pra finalizar, escolhi desertar dessa vida morna, darei sempre passos maior que a perna, me permito uma loucura a qualquer momento, por vezes falo sem usar o filtro da razão, e nunca mais vou viver no outono me escondendo atrás de uma surdina lilás.
E sabe Érico me entenderia afinal, como ele mesmo diria "felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente."
Ah! E esses pensamentos não são necessariamente apenas meus!




= Para a realização deste post utilizei trechos das obras de Érico Veríssimo, William Shakespeare, Sarah Westphal e Alanis Morissette. Qualquer semelhança pode ser considerada plágio.

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